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Velocidade x Veracidade: #RIPSeuBarriga e #RIPWhitneyHouston

 
Velocidade x Veracidade: #RIPSeuBarriga e #RIPWhitneyHouston
 

Eu sei que o assunto é um pouco batido e já se discutiu muito sobre a batalha da velocidade contra a veracidade da informação. Eu mesmo já refleti bastante o tema no meu TCC de Jornalismo apresentado em 2005, há sete anos. Porém, durante essa semana, dois assuntos me chamaram bastante a atenção e achei legal retomar o tema aqui no blog para saber a opinião de vocês. Será que alguma coisa mudou?

O primeiro fato que me chamou a atenção foi que, nesse último final de semana, o Twitter notificou a morte da cantora Whitney Houston 27 minutos antes da imprensa e muita gente se vangloriou disso. Foram totalizados mais de 2.5 milhões de tweets por hora com menções a cantora. Mas será que isso significa alguma coisa?

Será mesmo que alguém acreditou piamente na história somente ao ver um tweet publicado sobre o assunto ou esperou aparecer em algum veículo de mídia tradicional para confirmar o fato?

Afinal de contas, poucos dias antes, tivemos o “falecimento” do Seu Barriga, o ator mexicano Edgar Vivar, que foi “morto” ao vivo durante a Campus Party. Eu estava lá presente na platéia e tive o prazer de ver um hoax nascer diretamente da fonte.

Para quem não sabe da história, o blogueiro Maurício Cid, do Não Salvo, colocou a hashtag #RIPSeuBarriga como o segundo assunto mais falado em todo o mundo no Twitter durante sua palestra na Campus Party. O pequeno detalhe, é que o Seu Barriga não havia morrido. Tudo não passou de uma “brincadeira” do Cid que provou o quanto a imprensa digital é frágil e amplifica boatos sem se dar ao trabalho de checar informações.

Vale a pena dar uma checada no post que o Cid fez em seu blog Não Salvo para conferir direitinho como tudo aconteceu e como o boato tomou grandes proporções e foi publicado em muitos veículos que costumamos confiar.

Diante disso, minha opinião continua a mesma há anos: Entre a veracidade e a velocidade, eu fico com a credibilidade. Não me importo tanto em não ser o primeiro a saber, mas sim em ter a informação correta em minhas mãos.

Jornalismo na internet já é feito há mais de 15 anos e não podemos mais utilizar a desculpa de que “o formato é novo” ou de que “ainda estamos engatinhando”. Vamos ter um pouco mais de paciência. Checar, checar, checar e checar mais algumas vezes antes de publicar qualquer bobagem. Eu mesmo já pequei por isso, mas acho que aprendi com meus erros.

Nem sempre quem publica primeiro é quem vai obter o maior destaque. Mais vale uma informação correta e completa do que arriscar sua credibilidade. Caros jornalistas… credibilidade é um dos nossos principais diferenciais. Prezem por isso!

Mas, gostaria de saber a sua opinião sobre isso. Você concorda comigo?

 

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3 Comentários para “Velocidade x Veracidade: #RIPSeuBarriga e #RIPWhitneyHouston”

  1. Bruna Gonntier diz:

    Concordo… sou da mesma opinião! 🙂

  2. Josenildo diz:

    Eu concordo no sentido da credibilidade, de que a informação deve ser checada e checada antes na fonte para ver se realmente é real. O grande porém é que os “twitteiros” não são jornalistas, são apenas pessoas que passam a informação a frente sem a preocupação de saber se é real ou não, porque todo mundo quer ser o primeiro a saber e a dar a noticia. Nesse ponto, eu acho que não é a questão do destaque por ser o primeiro a dar a noticia e sim a frustração em ser o segundo. Imagine se você chega em casa e sua esposa tem uma grande noticia pra te contar, ai seu filho vem e te conta antes da sua esposa, ela vai ficar chateada, não é? É algo parecido. Bem, acho que divaguei… rs

  3. Jorge Alves diz:

    Saúdo e celebro, sua analise pois para uma informação saudável é necessário ter uma credibilidade, mas também concordo com a opinião do Josenildo pois as redes sociais se tornaram o meio de comunicação mais abrangente tendo toda a sociedade com adeptos a as suas ideologias; Mas como conclusão sempre é recomendável checar as informações para assim analisar se realmente são verdadeiras.

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Este texto foi impresso do blog oJornalista.com (http://www.ojornalista.com/).

Autor: Bruno Cardoso (bruno@inexato.com).