
A vertigem da informação da era on-line desponta como um desdobramento da aceleração da vida, vivida em uma velocidade pós humana, cujo contraponto se encarna no inusitado culto ao tempo congelado – das fotos de ações imperceptíveis a olho nu, passando pelo slow motion até chegar aos livros de autoajuda com receitas para desacelerar a rotina.
O que nos leva à angustia desesperada da pilha de jornais não lidos no canto da sala, ou sobre a mesa do escritório, revelando um tempo escoado, cada vez mais roubado por uma literatura invisível, progressivamente onipresente – memorando de escritório, e-mails infindáveis, spams, blogs, manuais de aparelhos, bulas de remédios -, que num horizonte pós corporativo e definitivamente on-line pode se tornar acervo mnemônico capaz de explicar a cultura do século XX.
As frases acima são de Gunter Axt, no prefácio do livro “Não devo pensar em coisas ruins“, de Mark Dery, da Editora Sulina. Quem quiser, o prefácio está disponível aqui na íntegra para download!
Reflita e deixe seu comentário abaixo! 🙂
09/12/2010 às 7:42 am
Pois é… Eu diria que sou escravo dos meus Feeds RSS e dos meus tuítes não lidos… kkk
Pode parecer engraçado, mas simplesmente não consigo deixar de lê-los… Me parece um vício pleonasmático… XP
14/08/2012 às 4:31 pm
afz eu tnho um trabalho q vem uma pergunte q pede os fatos ruin q prejudicam o ser humando no seculo xx alguem sabe??? vlws