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Novas reflexões sobre tecnologia e a cibercultura

 
Novas reflexões sobre tecnologia e a cibercultura
 

A cibercultura, tanto quanto quais quer outros tipos de cultura, são criaturas humanas. Não há uma separação entre uma forma de cultura e o ser humano. Nós somos essas culturas. Elas moldam nossa sensibilidade e nossa mente, muito especialmente as tecnologias digitais, computacionais, que são tecnologias da inteligência, conforme foi muito bem desenvolvido por Lévy e De Kerckhove. Por isso mesmo, são tecnologias autoevolutivas, pois as máquinas estão ficando cada vez mais inteligentes. Mas, tanto quanto posso ver, não há por que desenvolver medos apocalípticos a respeito disso. As máquinas vão ficar cada vez mais parecidas com o ser humano, e não o contrário. É nessa direção que caminham as pesquisas atuais em computação. Mas, ao mesmo tempo, também não se trata de desenvolver ideologias salvacionistas a respeito das tecnologias. Se elas são crias nossas, inevitavelmente carregam dentro de si nossas contradições e paradoxos.

Trecho extraído do artigo “Da cultura das mídias à cibercultura: o advento do póshumano“, de Lúcia Santaella.

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2 Comentários para “Novas reflexões sobre tecnologia e a cibercultura”

  1. Bianca R. diz:

    A cibercultura é uma forma sociocultural. É uma relação de trocas entre a sociedade, a cultura e as novas tecnologias. É uma cultura contemporânea marcada pelas novas tecnologias digitais. Para a teoria da cibercultura, tudo é uma ligação íntima entre as relações sociais e as tecnologias.

  2. Antonio Carlos diz:

    Olá, 🙂
    Sou estudante de jornalismo da ESPM. Em primeiro lugar, gostei dessa publicação especialmente por se tratar de um assunto que engloba uma grande massa de pessoas, visto o número crescente de usuários de internet.
    Bom, sobre esse trecho “Elas moldam nossa sensibilidade e nossa mente” gostaria de saber se você acredita que realmente a tecnologia, de um modo geral, molda nosso jeito de pensar as coisas, até mesmo pelo fato de a cibercultura (com essa coisa da memória coletiva) compartilhar tudo o que pode ser pensado e memorizado e, assim, aumentar nosso potencial de inteligência coletiva.
    Achei muito interessante também quando ele diz que não devemos temer essa evolução das máquinas, até porque eu acredito que as máquinas evoluem em prol da humanidade e não o contrário, visto que com o avanço tecnológico, em especial a criação da internet, a informação passou a ser disseminada de maneira mais rápida e dinâmica, possibilitando acesso à informações que antes poderiam se mostrar não acessíveis.
    Acredito que minha única discordância com o texto é em relação às maquinas se tornarem cada vez mais parecidas com o homem. Acho que na verdade o que acontece é uma adequação do ser-humano em relação às maquinas, ao jeito de funcionar e processar as coisas e não uma “humanização” das máquinas.

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Autor: Bruno Cardoso (bruno@inexato.com).