Jornal sem papel
Apesar de ainda ser um protótipo e de não haver garantia de ser lançado comercialmente, o IN (Innovation of Newspaper ou Inovação do Jornal) é mais uma alternativa aos “custos” dos jornais impressos, assim como o Kindle, da Amazon.
Criação dos designers Seon-Keun Park e Byung-Min Woo, os mesmos que juntos com Sun-Hye Woo e Jin-Sun Park, criaram há algum tempo um leitor de e-books em Braille, o aparelho tem o objetivo de ser uma máquina capaz de atualizar notícias em um jornal eletrônico, evitando, assim, o uso de papel e recursos naturais.
“As acusações contra a produção do jornal tradicional são muitas: provocar a derrubada de árvores, gastar muita água, usar tinta na impressão, sem contar as emissões de gases poluentes durante o transporte e todos os gastos com energia”, afirma o site EcoDesenvolvimento.
Diferentemente do Kindle, onde o próprio leitor baixa o conteúdo, no IN existe uma máquina conectada à internet via wi-fi com um despertador acoplado, que toca e avisa sempre que houver atualizações nos sites de notícia escolhidos. Então, o leitor pode retirar o IN da tal máquina (que parece um relógio e fica acoplada na parede) e levar o “jornal sem papel” para ler em qualquer lugar.
Um problema que ambos os aparelhos enfrentam é o investimento inicial. Será que é válido gastar quase R$ 600,00 no modelo mais simples do Kindle ou R$ 1.000,00 no modelo DX, lançado em Maio de 2009? Acredito que sim, visto que esse seria o mesmo que o custo médio da compra de um jornal diário nas bancas durante pouco mais de um ano.
Porém, é preciso lembrar que não basta a aquisição dos aparelhos. Por exemplo, no caso do Kindle, para ter as edições do The New York Times diariamente, custa, mais ou menos, R$ 30,00 por mês. Mas, mesmo assim, ainda é bem mais barato que a assinatura da edição impressa.
Como funciona
Existe também um vídeo (em inglês) que simula o aparelho em funcionamento:
Bruno Cardoso
- Mestre em comunicação, jornalista, tecnólogo da informação, blogueiro e pesquisador de novas tecnologias aplicadas à comunicação. Um (quase) geek intelectual
19/08/2009 às 1:46 pm
Isso me lembra o jornalzinho de Hogwarts, do Harry Potter :p
19/08/2009 às 2:41 pm
Eu acredito que o problema dos jornais impressos não esteja no produto utilizado para colocar as informações, mas, no conteúdo produzido para tal. O jornalismo impresso precisa passar por grandes mudanças no seu formato e conteúdo.
As páginas necessitam ser mais atrativas e as informações aprofundadas. O que se vê hoje estampado neles são notícias que já foram vistas pelos leitores na internet, rádio e TV da mesma forma – muitas vezes até mais completo.
McLuhan, filósofo e educador canadense, já dizia: “um novo meio nunca cessa de oprimir os velhos meios, até que encontre para eles novas configurações e posições”. Assim, portanto, acontecerá com a internet quando outro meio de transmissão de informações surgir como uma nova tecnologia de comunicação. Tudo é uma questão de adaptação!
19/08/2009 às 6:01 pm
“Eu não me importo de saber se o bolo é de amendoas, de morango ou de mel…
O intuito é não utilizar ovos!
Então porquê estar a dicutir conteudos atracitvos, novos formatos etc quando o que se prtende é sobretudo evitar o P-A-P-E-L.
Economia, Ecologia, Água, etc. É essa a verdadeira questão.