O Google Wave e o Jornalismo

 
O Google Wave e o Jornalismo
 
Google Wave

Google Wave

O Wave, o mais novo produto do Google, mistura e-mail, rede social, mensageiro instantâneo, armazenamento documentos/fotos e funciona a partir de qualquer browser, em qualquer sistema operacional. Ele é considerado uma das mais promissoras inovações da empresa, que afirma: “O Google Wave vai revolucionar a comunicação via internet e substituir o e-mail”.

Nesta quarta-feira, foram liberadas mais 100 mil contas de acesso ao serviço. Esse ainda não é o lançamento oficial e não representa nem mesmo 10% do total de solicitações de convite cadastradas no site, mas cada um desses convidados recebe mais oito convites para distribuir para quem bem entender. Exatamente como foi com o Gmail e o Orkut no início e, assim como nesses casos anteriores, já tem convite a venda no eBay.

O TechCrunch, um dos sites de tecnologia mais respeitados da web, escreveu que o Wave ainda é uma “gota com ambição”, mas que será “uma nova plataforma de comunicação para uma igualmente nova internet”.

O que o Wave tem de novo?

Colaboração e Agilidade – Uma mensagem pode ser editada por diversos usuários simultaneamente em tempo real. Isso é, todos vêem o que a outra pessoa está digitando antes mesmo de ela enviar a mensagem;

Arrastar e Colar – A troca de arquivos através do Google Wave foi facilitada. Nele, é possível compartilhar arquivos arrastando e soltando-os (Isso é comum em softwares, não em sites);

Aplicativos/Gadgets – Qualquer pessoa pode desenvolver seus próprios programinhas para o Wave e até mesmo jogos on-line;

Corretor Ortográfico e Tradutor – Você pode conversar com uma pessoa que só sabe chinês, por exemplo, sem você ter a mínima idéia de como utilizar aquele dialeto complicado. O Wave é capaz de traduzir o que você escreve, caractere por caractere, para diversos idiomas e ainda corrige sua ortografia. Tudo em tempo real;

Google WaveE como usá-lo no Jornalismo?

O jornal Los Angeles Times publicou algumas sugestões. Porém, acredito que somente com o uso é que possamos dar uma utilidade real ao serviço.

Mas, de antemão, aqui vão algumas idéias:

Produção: Imagine a situação. Cinco jornalistas na redação querendo falar ao mesmo tempo todas as informações que coletaram sobre uma determinada pauta. Ninguém vai entender nada, nem eles mesmos.

No Wave a coisa pode ficar parecida. Como os usuários podem interagir em tempo real, como em um chat, mas antes mesmo de enviar a mensagem ela já se torna pública, a notícia pode acabar se tornando um grande jogo de frases perdidas formando uma história sem pé nem cabeça.

Porém, se bem utilizada, a ferramenta pode ajudar a coletar idéias e informação de uma maneira mais rápida e democrática. E depois, com tudo isso na mão, alias, na tela, essas informações podem ser organizadas de uma maneira racional dentro do próprio sistema.

Entrevistas: Você já viu uma anotação de um repórter durante uma entrevista? Você saberia identificar em que idioma isso está escrito?

Fazer entrevistas pelo Wave pode evitar erros de compreensão, visto que todo o histórico da conversa fica arquivado com todos os participantes.

Obviamente, continuará sendo sempre mais produtiva uma entrevista presencial para sentir como o entrevistado se comporta mediante a cada pergunta. Porém, como as respostas são publicadas antes mesmo de serem concluídas, serão muito mais verossímeis do que as que estamos acostumadas a receber “enlatadas” por e-mail.

Edição e Atualização: Algumas vezes, durante a edição, algumas coisas acabam deixando de fazer sentido e a notícia não transmite todas as informações que gostaríamos de ter passado. Além disso, sempre que um fato novo chega à redação, a notícia é republicada com o mesmo título e a palavra “Atualizada” no final.

O Google Wave deixa marcada de maneira clara toda e qualquer alteração a um documento e permite que você tenha um cronograma das mudanças. O processo se torna mais honesto com o leitor e até mesmo com o repórter, visto que, muitas vezes, quem altera não foi a mesma pessoa que escreveu.

Comentários: O Wave permite aos usuários deixar comentários específicos após uma determinada frase ou palavra no meio do texto. Isso permite que os leitores discutam trechos específicos com maior facilidade, sem precisarem ficar explicando de qual parágrafo estão falando.

Você está com tempo?

Se você ainda não tem o convite do Wave e quer ver como a ferramenta funciona, o Google publicou um vídeo (em inglês) de quase uma hora e meia explicando detalhes:

Leia também:

 

3 Comentários para “O Google Wave e o Jornalismo”

  1. Tweets that mention O Google Wave e o Jornalismo | oJornalista.com -- Topsy.com diz:

    […] This post was mentioned on Twitter by Bruno Cardoso, Ângela Guedes and Gabriela Miranda. Gabriela Miranda said: RT @inexato Para quem estava dormindo quando postei… O Google Wave e o Jornalismo – http://migre.me/89bI – Será que casa? […]

  2. Dani Rodrigues diz:

    Excelente post! Primeiro que leio sobre as “possibilidades” do Google Wave no cotidiano do jornalista.

  3. Ariane Fonseca diz:

    Parabéns pelo post, mtooo bom e explicativo!

    Agora, eu quero um convite! #comofaz? rs

    =)

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Este texto foi impresso do blog oJornalista.com (http://www.ojornalista.com/).

Autor: Bruno Cardoso (bruno@inexato.com).