Faceworld: uma reflexão sobre o ontem, hoje e depois de amanhã

 
Faceworld: uma reflexão sobre o ontem, hoje e depois de amanhã
 

Adivinhe quem vai dominar o mundo amanhã!? A cada dia que passa o Facebook cresce mais e vai dominando novos terrenos. Se o objetivo de Mark Zuckerberg no WAR fosse “conquistar 24 TERRITÓRIOS à sua escolha”, ele já teria vencido faz tempo! Veja abaixo um infográfico que demonstra a dominação do Facebook no mundo:

São poucos as terras que ainda não fazem parte do Faceworld e, a cada semestre que vejo um infográfico como esse, vejo esse número diminuir ainda mais. Mas, cedo ou tarde isso provavelmente vai mudar… afinal, falando de WAR, o que acontece quando se atinge todos os objetivos? Game over!

Há alguns anos, quando o Orkut era rei no Brasil, ou o Rei do Brasil, eu fui dar uma palestra onde afirmei que ele cederia o trono  ao Facebook, uma rede social que, na época, ainda era pouco conhecida por aqui. Muitos da platéia ficaram me olhando como se eu fosse um louco e nem mesmo meus colegas de palco concordaram comigo…

Hoje, o Facebook reina quase que absoluto no mundo inteiro, sendo um soberano das redes sociais. Porém, tenho certeza que as coisas não serão eternamente assim. A rede precisa se reinventar a todo momento para atrair e re-atrair a atenção de seus usuários, para garantir visitação e a interação. Grupos acabam por se desorganizar e formar novos grupos se o assunto acabar… não só na web.

Dizer que os usuários são sempre os responsáveis pelo conteúdo e que sempre estarão atualizando a rede por conta própria é uma afirmação relativa. Se não houver um incentivo por parte do programa, a tendência é que essa participação caia. Por isso o pessoal do Facebook está sempre tentando trazer coisas novas, surrupiando funcionalidades de outros sites ou mesmo mudando, do dia para a noite, a forma como as coisas acontecem.

Por maior que seja o número de funcionalidades oferecidas pelo programa, elas tendem a ser finitas. O programa é programado por um meta-programa, que possui seus próprios desejos. Chegará um determinado dia que o funcionário, aqui chamado de “usuário”, vai procurar drogas mais fortes para alimentar seu vício!

Conforme as novidades da rede social vão caindo, o conteúdo vai decaindo e o número de participantes tende a acompanhar. Com isso, abre-se uma brecha para o nascimento de novos programas que podem, ou não, cair no gosto popular. No final, um deles provavelmente vai se destacar e tomar o lugar do rei. Esse é o ciclo da vida… ou dos programas.

Mas quando será que começa a decadência para a ascensão do novo? Provavelmente não será amanhã… mas quem sabe o que vem depois? O depois de amanhã? Uma coisa eu tenho certeza: não será o novo Facebook! Assim como a rede do Sr. Zuckerberg nunca foi o “novo Orkut”. O que está por vir será “novo” e não “o novo”!

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12 Comentários para “Faceworld: uma reflexão sobre o ontem, hoje e depois de amanhã”

  1. Gutemberg Freitas diz:

    É claro que o ” FACEBOOK” vai perde seu trono de Rei caso eles não inovem com o tempo. Mas enquanto ele ainda é ”REI” vamos navegando e vendo que rumo ele vai tomar. Parabéns pelo blog!

  2. Renata Kliot diz:

    O Facebook vem crescendo a cada dia que passa, e o número de usuários também. Uma questão que pode ser pensada, é que hoje em dia, cada vez mais cedo, as pessoas estão entrando no mundo da internet. Crianças, adolescentes, adultos, idosos, todos foram tomados pela rede social. Quem não tem, se sente excluído de seu grupo, portanto tem pessoas que se inscrevem no site somente porque seus amigos têm, ou para encontrar amigos de infância, ou manter contato com quem mora longe, existem muitos exemplos a serem pensado.
    O Facebook, além de ser a maior rede social do momento, os meios de comunicação discutem sobre ele. Podemos ver como exemplo o filme, sites, blogs, televisão e assim por diante. Segundo as perspectivas de Noelle-Newman a acumulação de um assunto, quanto mais ele for tratado nos meios de comunicação, a sociedade vai discutir o dobro, e isso aumenta o interesse de quem não está participando desse mundo virtual e não entende o que está sendo repassado nos meios de comunicação.

  3. Claudia diz:

    Belo texto, bela reflexão, confesso que me rendi ao facebook a pouco tempo e só depois de muitos pedidos de amigos, me sentia um ET., pq era assim que todos me olhavam, quando dizia as pessoas que não tinha tal rede social, FB ainda é um ser estranho para mim, veremos, em breve, qual será o novo Rei das redes sociais e se me entregarei a ele com mais facilidade.
    []s.

  4. Paula Drummond diz:

    O Facebook realmente domina, como a rede social mais popular do mundo. De certa forma podemos dizer que ele dita modas. Um exemplo disso é o famoso vídeo “Kony 2012” que bombardeou o facebook com infinitos compartilhamentos. Pessoas de todos os mundos compartilhavam, lutavam por uma causa que, diga-se de passagem, não era delas. No facebook, pelo menos no meu, vi inúmeras discussões; uns diziam que esse vídeo era uma forma do governo ganhar dinheiro, outros diziam que isso era um absurdo, etc. Não vou entrar nessa discussão, pois isso leva a outro tema. O que gostaria de apontar é que, através do Facebook, um assunto como o Kony 2012 fez parte da vida de milhares de pessoas, mesmo que por um curto período de tempo. De acordo com Elisabeth Noelle-Newman, os meios determinam os assuntos mais importantes, ofuscando ou ignorando muitos outros. Ou seja, no momento, o assunto mais importante era o do Kony, eleito pelas pessoas através de uma rede social, porém inúmeros outros acontecimentos foram deixados de lado enquanto este dominava a rede.

  5. Stephanie Farese diz:

    É praticamente impossível falar com os jovens de hoje em dia e eles não terem conhecimento do que é o Facebook.
    É como uma cultura de massa, aliena os receptores que acabam se conformando com a situação de exploração a que são submetidos.
    O Facebook é um grande exemplo de cultura de massa, muitos compram smartphones apenas para terem acesso fácil e quantitativo ao site. Muitas pessoas acabam acessando a internet só para checar o seu Facebook.

  6. stephanie farese diz:

    É praticamente impossível falar com os jovens de hoje em dia e eles não terem conhecimento do que é o Facebook.É como uma cultura de massa, aliena os receptores que acabam se conformando com a situação de exploração a que são submetidos.O Facebook é um grande exemplo de cultura de massa, muitos compram smartphones apenas para terem acesso fácil e quantitativo ao site. Muitas pessoas acabam acessando a internet só para checar o seu Facebook.

  7. Ezio Jemma diz:

    Essa matéria remete a um típico fator da cybercultura. Ela não é definida pela comunicação comandando a comunicação, mas sim pelos aparatos tecnológicos alterando e influenciando nas relações sociais entre os usuários.
    O nível mundial atingido pelo facebook faz com que ele seja um grande influenciador das relações humanas, ou seja, “um sistema para todos”.
    No entanto, esse sistema não pode ser dito realmente de todos, já que exclue ainda mais aqueles que ,por exemplo, não tem acesso a computador ou internet.
    Como é apresentado no próprio texto, o programa tem seus próprios interesses, o que remete a outra característica da cybercultura:a rede tem sua própria forma de controle

  8. Ana Beatriz Toledo diz:

    O facebook é como uma cultura de massa, aliena os receptores. Mtos usam a internet e compram smartphones para terem acesso rapido e facil o dia inteiro na rede social. Muitos admitem ser “explorados” pelo facebook. É uma mania mundial.
    E isso tende a crescer cada vez mais, pois hoje o facebook já conquistou crianças, adolescentes, adultos e até idosos. Hoje, quem não possui facebook pode se considerar fora do “circulo social” ou “excluido”, pois é no facebook que tudo acontece, que todos se comunicam e trocam ideias e notícias relevantes do dia.
    Esse crescimento do facebook no mundo o levou a ser a rede social mais comentada do momento, sendo discutida em todos os meios de comunicação. Até um filme no cinema já foi lançado para contar a história do facebook. De acordo com Elizabeth Noelle, quando os meios de comunicação falam sobre determinado assunto, a opinião publica terá a mesma opinião, e esta será dominante no universo social que atingem.

  9. Pedro Amaral diz:

    O crescimento assustador de meios como o facebook e o twitter está gerando uma nova era de informações, onde as pessoas transmitem informações em tempo real que se tornam noticias e se difundem de maneira nunca vista antes. É triste porem notar a preferencia por trivialidades nestes meios.

  10. Vinicius Costa Martins diz:

    caraca, nada como ser o primeiro site do google. o galera folgada kkkkkkkk
    bom, vou ao meu comentário:
    Dado o contexto globalização, a ascensão do novo se tornou um fato cada vez mais corriqueiro em nossas vidas. A cybercultura está aí para provar isso. Porém, apesar de apresentar certas peculiaridades ruins, a adesão às redes sociais não pode ser levado como um fator negativo, como dito muitos comentários acima.
    A cybercultura, ao apresentar uma liberdade antes nunca vista, contribui para que os MCM tenham poder de certo modo reduzido. Assim, há uma maior democratização de informações com pensamentos divergentes e uma recorrente reformulação da opinião pública, antes influenciada majoritariamente pelos MCM. Outro fator positivo é que se tem uma maior abrangência do conceito de conhecimento. Hoje, ser culto é saber muito de muito, o que desafia nossa memória, que agora passa a ser coletiva devido à publicação de conteúdos cada vez mais divergentes.
    E é nessa perspectiva que se dá o desenvolvimento das redes sociais: a demanda por novidades cresce a cada segundo!

  11. Mariana Albuca diz:

    Otimo texto, ótima reflexão.
    “Cultura de massa”, definição ideal para o momento. A grande sacada será usar isso para coisas boas e contrutivas. É oque esperamos rs

  12. Marcilane diz:

    Olá Bruno Cardoso! Gostei muito de seu texto. Ótimas reflexões.

    Atualmente tenho vontade de cursar Jornalismo, mas apesar de gostar de escrever e já possuir uma certa experiência de escrita na internet, tenho algumas dúvidas sobre o futuro dessa profissão. Você acha que ainda vale a pena cursar Jornalismo no Brasil? Quais seriam as maiores dificuldades para um futuro jornalista? E quais seriam as áreas mais promissoras?

    Agradeço desde já pela atenção.
    Abraço.

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Autor: Bruno Cardoso (bruno@inexato.com).