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Copa do Mundo 2010: Pouco futebol e muitas gafes

 
Copa do Mundo 2010: Pouco futebol e muitas gafes
 

Já era de se esperar que a Copa do Mundo de Futebol alterasse drasticamente a rotina da mídia e de todas as pessoas. Todos sabem que não há como fugir da Copa do Mundo e nem das vuvuzelas! Porém, além de tudo, essa Copa está sendo marcada pelas “gafes” dos jornais e dos jornalistas. Primeiro foi a Folha de S. Paulo, depois o SporTV. E isso sem falar das frases célebres do Galvão Bueno (e tem até o Bingo do Galvão), que nós já estamos tão acostumados, e da briga da Rede Globo e do técnico Zangado Dunga. Quem sabe essas coisas todas sejam até boas, pelo menos elas estão dando o que falar! Porque se dependêssemos somente do futebol, a Copa do Mundo 2010 seria um fracasso.

Quanto ao futebol decepcionante, podem colocar a culpa na Jabulani, no cansaço, no clima frio, nos árbitros ou na pura falta de sorte. Porém, qual é a desculpa da mídia pela sucessão de falhas?

A primeira das grandes gafes da Copa foi cometida pelo comentarista sérvio Vladimir Mijaljevic, dizendo que Neuer só é o goleiro titular da equipe alemã porque Robert Enke estava “machucado”. Porém, para quem não sabe, Enke cometeu suicídio em novembro de 2009.

Depois, foi a vez do jornal Folha de S. Paulo publicar um anúncio errado que gerou muita repercussão na internet. Na terça-feira (29), dia seguinte ao jogo da seleção brasileira contra o Chile, a rede Extra veiculou um anúncio em que se despede da Seleção Brasileira na Copa da África. O anúncio diz: “A I qembu le sizwe sai do Mundial. Não do coração da gente. Na África, no idioma Zulu, I qembu le sizwe é SELEÇÃO. Valeu, Brasil. Nos vemos em 2014?.

Ontem (quarta-feira, 30), o jornal publicou uma errata dizendo: “Comunicamos que erramos na publicação do anúncio do Extra, referente ao resultado do jogo entre Brasil e Chile, publicado por este veículo de comunicação no dia 29 de junho de 2010, pág. D11. Ao invés do anúncio de vitória do Brasil, foi publicado, equivocadamente, anúncio citando a derrota. Lamentamos o ocorrido”. A errata foi publicada na página D21, logo acima do anúncio correto. Com o fato, o próprio Abílio Diniz, dono da Companhia Brasileira de Distribuição, que inclui a rede de supermercados Pão de Açúcar, Extra, Compre Bem, Sendas e Ponto Frio, utilizou seu Twitter para pedir desculpas.

Para finalizar, a apresentadora Fernanda Gentil, do canal SporTV, conseguiu protagonizar uma das melhores gafes da televisão. Na verdade foram duas gafes cometidas por ela enquanto entrevistava o coordenador de um projeto que leva deficientes visuais para “assistir” os jogos da Copa do Mundo (via Pix). O caso chegou a ser noticiado em diversos meios.

Gafes ao vivo são bastante comuns em telejornais. Veja abaixo uma compilação de mais de 10 minutos com os piores momentos dos jornalistas ao vivo:

Humor a parte, erros acontecem! Sem dúvida! E o mais importante nesse momento é que os profissionais tenham jogo de cintura para tentar amenizar os imprevistos. Porém, além disso, é necessário tomar uma série de medidas para tentar evitar erros “evitáveis”. Por exemplo, uma dica para os jornalistas que estão cobrindo a Copa do Mundo é uma lista com diversas “Gafes Padrões” que podem ser evitadas.

Outra coisa muito importante, que sempre foi ensinada nas primeiras aulas do curso de Jornalismo, mas que muita gente parece não levar a sério, é estudar bastante sobre a sua pauta. Às vezes, uma simples pesquisa no Google pode não ser suficiente. Rodrigo Amarante, que fazia parte da extinta banda Los Hermanos, e não estou falando dos argentinos (!), dá uma verdadeira aula aos jornalistas mais relapsos:

Quem quiser ver outras gafes no Jornalismo, pode fazer uma busca no You Tube, que possui mais de 420 vídeos sobre o assunto. Além disso, tem também o blog “Que Jornalismo é esse???” que possui um bom arquivo sobre erros cometidos pela imprensa em geral.

E você, já cometeu alguma gafe semelhante a essas?

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Este texto foi impresso do blog oJornalista.com (http://www.ojornalista.com/).

Autor: Bruno Cardoso (bruno@inexato.com).